quarta-feira, 21 de março de 2007

Killer Klowns From Outer Space (1988/USA)


Ok, qualquer pessoa sã fica logo a perceber pelo titulo que este filme é pior que mau. Assim veja-se podemos traduzir toda a capa para português "Palhaços assassinos vindos do espaço - Eles fazem os extra-terrestres parecerem um circo". Tá tudo dito!

Sinopse: hmm...deixa-lá ver. Uma cidade pacata algures no meio dos States e onde a população parece constantemente estar com o cio, é abalado subitamente por uma luz vinda do espaço que se despanha no quintal dum velho conservado em Jack Daniels. Dois namoradinhos que estavam na versão da doca de Algés lá do sitio a curtir uma de ver as estrelas, decidem investigar. O que encontram é uma nava espacial em formato de tenda de circo populada por aliens vestidos de palhaços e que durante os restantes minutos do filme aterrorizam a pequena cidade, utilizando todo o tipo de artimanha, desde algodão doce a pipocas assassinas. A demencia é total até ao happy ending final, depois de descoberto que a unica maneira de eleminar tão patéticas criaturas será dar-lhes um tiro na narigueta de palhaço.

Critica: Defenitivamente este filme foi afastado de uma forma quase currupta, dos oscares desse ano. Não se percebe como não esteve no minimo nos nomeados para melhor argumento original...
Não agora a sério, é obvio que o filme está cheio de falhas e que o argumento deverá ter sido escrito com o efeito de uma bela dose de psicotrópicos, mas sabem que mais, nunca me tinha rido tanto num filme. Tudo é ridiculo, tudo é super exagerado, os diálogos são delirantes.
De referir a personagem do policia mais velho, que só pelos não mais de 10 minutos em que aparece, já vale a compra do filme, e para aqueles dois otários que pensam que uma boa maneira de engatar gajas é vender gelados numa carrinha à noite...
Vejam este meus amigos, vejam e revejam, não há palavras, não há pipocas, não há cerveja para descrever este total deboche.
E o melhor de tudo, sim o melhor, aqueles dialogos, aqueles dialogos

Acima de 10: Tudo dependendo da nossa disposição ou nada dependendo da mesma

Abaixo de 10: Idem

Leva: 15 Valores, para ver bem bebido e com disposição

quarta-feira, 14 de março de 2007

Death Race 2000 (1975/USA)

Andei uns tempinhos sem poder escrever, devido ao facto de estar em erasmus e ter mais com que me entreter do que escrever neste blog que ninguem le!!!
Mas hoje tou doentinho, tou de cama sem nada pa fazer, por isso vamos lá aqui a uma critica de um filmezinho da merda....

Sinopse: Num futuro, não muito distante, a terra foi arrasada pela guerra e só os Estados Unidos (quem mais poderia ser?) se conseguiram manter como um país com condições para viver....
Mas nem tudo é bom, o país é dominado por um ditador (porque hoje aquilo é muito democrático nos EUA) e o desporto nacional é uma corrida inter-continental (apesar da mesma se passar totalmente no continente americano) em que o objectivo, além de chegar primeiro, é atropelar o maior numero de pessoas possivéis, sendo que os bébés e os idosos valem mais pontos.
Nesta corrida participam 5 carros, mas desde o principio, percebemos logo que apenas 2 são verdadeiramente candidatos ao titulo. Frankenstein (David Carradine, sim esse mesmo o do Kill Bill) e Machine Gun Joe Viterbo (Sylvester Stallone, antes do Rocky). Claro que isto pelo meio mete discursos aparvalhados, a transmissão da corrida pela televisão, um movimento de libertação dos EUA (que mais parece um conjunto de mecanicos de uma loja de tunnig de Torres Vedras), umas canções futuristas e claro umas gajas nuas...

Critica: Mas então é bom ou não? Epá mau não é, mas se estão mais numa onda de Manuel de Oliveira ou Ingmar Bergman, este concerteza não é para vocês...
É um filme curtinho, cerca de 75 minutos, onde não temos de pensar em nada, porque aquilo não tem sumo praticamente nenhum, as cenas são todas enfiadas a chourisso, as mortes são...ridiculas, nem sangue se vê praticamente (provavelmente porque não existia orçamento para tal). Os actores são péssimos em toda a linha, com especial enfase em David Carradine (o homem que em edições inferiores da prova, partiu todas as partes do corpo excepto a orelha e ao qual já amputaram a perna esquerda duas vezes), mas também o que estavam à espera?
O final é happy como não podia deixar de ser... Como se mata alguem com um aquela coisa para afiar as unhas, que tem apenas 3 centimetros?

Acima de 10: É curtinho e vê-se bem

Abaixo de 10: Demasiadas lacunas na história, faz parecer como se faltassem alguns 30 minutos ao filme

Nota: 12 valores

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Criticas Custas - Dia 19 de Fevereiro - Semana 2








Chumscrubber (2005/USA)
Mau que doi! Sátira social, sobre as familias que de classe média-alta que vivem naqueles suburbios cheios de vivendas. Tenta imitar alguns pontos do excelente American Beauty, obviamente sem o mesmo sucesso.
O gajo que era o grande fornecedor de drogas do liceu suicida-se, e apartir dai é nos mostrada a forma como as varias pessoas da socidade encaram o facto, ou não...
Como é que a Glenn Close se meteu numa coisa destas é que será sempre para mim um total mistério...devia mesmo de estar a necessitar de dinheiro pá droga
Leva: 2 valores
Mr. & Mrs. Smith (2005/USA)
Apesar da ideia inicial do filme não ser má, o facto de duas pessoas casadas, serem ambas espiões sem o seu conjuge saber, esta acaba por ser má explorada, com a união demasiado rapida de ambos para combaterem a malta que os quer matar...
Muitos tiros, muita porrada, umas danças e uns atentados bombistas tudo acaba obviamente como qualquer rapaz que leve a “dama” ao cinema quer que acabe... Dentro do género há pior, mas este não é nenhuma obra-prima!
Leva: 7 valores
Tenebrae (1982/Itália)
Um escritor chega a Roma, para apresentar o seu novo romance/policial, “Tenebrae”. Com a sua chegada começam a ser mortas raparigas, com páginas enfiadas na boca do seu novo livro.
Sim este é um giallo (thriller italiano com toques de terror), talvez não o melhor de Dario Argento, para mim um dos melhores realizadores de sempre, mas decididamente vale a pena ver o filme.
É obvio que hoje em dia o filme parece um pouco datado, e as mortes na altura assustadoras, hoje mais que banais, mas mesmo assim vejam que não se vão arrepender
Leva: 14 valores

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Astro Zombies (1968/USA)


Aqui está a prova que nem todos os filme de culto são bons. Já agora deixo aqui a sujestão para todos os que gostam de saber e ver filmes de culto, o melhor guia para o fazerem é “DVD Delirium”, obviamente sem edição em português.

Sinopse: A primeira cena que nós vemos é uma mulher a entrar numa garagem com o carro e a ser assassinada por um gajo com uma mascara de alien, que ficamos a saber mais tarde, que se trata de um zombie. Porque razão o tal zombie mata esta mulher vai ficar para sempre um mistério.
Mas o desenvolver do filme é mais ao menos assim, um tal professor que estava a trabalhar num projecto para mandar homens-zombie para a exploração do espaço, controlados por mensagens cerebrais enviadas por ondas de radio, é expulso do projecto por andar a fazer testes em humanos (ai o malandreco). Quando ele é expulso começam a surgir mortes inexplicáveis e os gajos da CIA vêem logo que ali à gato. Toca a pôr dois agentes mais que idiotas à procura dos zombies assassinos.
Claro que isto no meio mete de tudo um pouco, um grupo de agentes comunistas (uma chinoca, um gajo de leste e um latino), o zombie tem uma tendencia não só para matar mas também para ver os peitos das vitimas, uma dança de uma gaja nua que só serve mesmo para gastar tempo do filme, etc, etc.

Critica: A total inexistencia de um argumento racional, torna muito dificil de criticar este filme. Mas vamos por partes. Isto foi feito em 1968, estava muito na moda estas merdas da exploração do espaço e dos comunistas comedores de criançinhas, mas este filme não tem nada a ver com estes temas. Em vez disso temos nos já demasiado logos 91 minutos de filme, 30 em que o tal doutor que criou os zombies explica ao seu ajudante corcunda (porque é que os ajudantes do doutor são sempre defecientes? Ou corcundas ou amputados ou defecientes mentais e mais comum ainda anões) como funciona todo o processo de criar os zombies e como funcionam todas as máquinas de esferovite que existem no seu laboratório...
Mas se ainda não estão convencidos quanto ao medonho que este filme é, aqui vão umas quantas mais, o zombie do filme alimenta-se a luz solar (?), mas quando perde o painel solar que tinha agarrado a si, durante uma luta, a lanterna também serve de alimentação. Querem outra, existe uma cena em que o zombie munido duma catana, dá um golpe junto do braço dum bófia, mas em vez de lhe cortar o braço, sai-lhe a cabeça (ao bófia, entenda-se). E é claro para finalizar, o zombie é apenas um gajo mascarado, como o Jason do Friday the 13th, o qualquer assassino dum slasher movie.
Os actores não são maus (bom, alguns são), mas exageram em demasia nas suas personagens. As mortes são pouco imaginativas e nos standarts de hoje, mais que banais.

Acima de 10: O facto do ICAM não ter financiado este filme, provavelmente porque à altura não existia.

Abaixo de 10: O filme é em geral uma nódoa, mas o argumento é completamente ridiculo.

Nota: 3 valores, um ou dois momentos em que conseguimos esboçar um sorriso, provavelmente por o filme ser tão ridiculo.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Flash Gordon (1980/USA)



Este tem um lugar especial no meu coração. De tantas vezes que o vi, numa cassete de VHS gravada nos anos 80, com o simbolo do canal 1, quando este era o numero um dentro de um quadrado, que a mesma deixou de funcionar.

Sinopse: Uma data de acidentes naturais e outros menos naturais tem invadido a terra nos ultimos tempos. Flash Gordon é um jogador de futebol americano que regressa de férias num avião “privado”, juntamente com a jornalista Dale Ardon. De repente uma enorme tempestade começa e o avião acaba por se despenhar na casa de um cientista maluco, que diz que a terra está sobre ataque do espaço e que obriga Flash e a miuda a irem com ele num fogete para o espaço. Quando acordam estão num planeta estranho, cheio de povos diferentes, controlados pelo imperador Ming, “ruler of the Universe”, imperador este que também é quem está a causar o caos na terra.
Depois temos todo o tipo de peripécias, começando com homens passaros, guardas com cabeça de ovo, criaturas nojentas, concubinas a lutar, lutas com chicotes, etc, etc, etc, claro que no final Flash Gordon salva o mundo.

Critica: Epá claro que os cenários são feitos de papelão e que os fatos dos personagens foram comprados por alturas do carnaval no Jumbo de Almada, mas reparem que estamos nos anos 80 e será que isso interessa mesmo se entramos no espirito do filme?
Os actores são obviamente más especialmente os dois principais, acabando por safar o filme Max von Sydow no papel de Imperador Ming, Timothy Dalton (muito melhor do que em qualquer James Bond) e Brian Blessed, como Prince Barin e Prince Vulcan. Sam J. Jones no papel de Flash, é obvimente muito limitado em termos de representação embora tenha o perfil fisico ideal para o papel, o mesmo se poderá dizer de Melody Anderson. É obvio que nenhum desdes dois voltou a fazer nada de relevo até ao final das suas carreiras. Ornella Muti no papel de filha do Imperador, numa das poucas incursões no cinema americano, parece um bocado perdida.
Interessante é a relação entre o mundo de Ming e uma ditadura no nosso planeta, acontecendo mesmo numa altura em que a policia secreta de Ming tenta apagar a memória de Zarkov com um laser azul, e em que aparece uma imagem de Hitler, a frase “this one was promissing” proferida pelo fiel conselheiro de Ming, que no filme é pau para toda a obra.
De referir ainda uma cena especialmente inspirada no filme, em que Flash Gordon luta contra a guarda imperial, como se estivesse a jogar futebol americano. A guarda imperial a levar obviamente uma tareia, fazem Ming proferir a seguinte frase “Klytus, are your men on the right pills? Maybe you should execute their trainer!”
Acompanhado pela musica dos Queen, numa das melhores bandas sonoras alguma vez feitas, numa mistura de rock com algumas musicas futuristas à Jean-Michelle Jarre (será assim que se escreve), este filme é uma pérola que acabou por nunca ter o reconhecimento merecido.

Acima de 10: O mundo de Ming, as fatiotas, a história ridicula, as personagens, os diálogos (alguns são de chorar a rir) e é claro a banda sonora.

Abaixo de 10: O facto de já não se fazerem filmes assim...
Nota: 17 valores, é delicioso!

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Criticas Curtas - Dia 10 de Fevereiro de 2007 - Semana 1



























Bem todas as semanas no fim de semana das mesmas irei fazer criticas a filmes que vi durante a semana mas que porque não me apeteceu, não tive tempo, ou não tive paciencia, não publiquei aqui ao promenor
The Prestige (2006/USA)
Filme aclamadissimo nos ultimos tempos sobre a competição e a obcessão entre dois homens que querem provar que são o melhor mágico do mundo.
Passado em Londres, final do século XIX, é visualmente um regalo para os olhos. Michael Cane ou Scarlett Johansson são apenas dois dos melhores actores de um elenco de luxo.
No entanto e em meu ver o filme acaba por pecar no ultimo terço, porque o realizador tenta entrar no mundo do fantástico e dá asneira. No entanto vale a pena ver este filme, nem que seja pela temática, também abordada no filme "The Ilusionist" deste ano
Leva: 13 valores
The Last King of Scotland (2006/USA)
Nomeado para o oscar de melhor actor, Forest Withaker domina quase por completo este filme, que acaba por ser, não tanto um filme sobre Idi Amin e o Uganda, mas um filme sobre a visão do comum dos ocidentais sobre os acontecimentos no Uganda e em todos os regimes ditatoriais que abalam Africa desda descolonização.
Mais que provavel vencedor de oscar para o melhor actor, a unica falha deste filme, por razões provávelmente de poder ser considerado um filme para M/12 ou PG-13, é a quase ausencia visual do terror que foi a execução de 300,000 pessoas por um ditador mégalomano.
Mesmo assim, um filme a ver.
Leva: 14 valores
Unknown (2006/USA)
5 pessoas acordam num armazem completamente fechado, nenhum se lembra quem é ou o que está ali a fazer, só com o passar das horas se sabe que 2 são refens e 3 são os seus raptores, mas quem é quem?
Pois uma mistura de Saw com Usual Suspect sem na realidade se conseguir comparar em termos de qualidade com qualquer um deles. Este filme acaba por ter um pequeno problema, todos os twists são muito previsiveis, excepto o ultimo que acaba por salvar o filme e é por isso que leva a positiva.
Leva: 11 valores
Accion Mutante (1993/Espanha)
A primeira longa metragem de Alex de la Iglesia é uma comédia sobre um grupo terrorista, que dá o nome ao filme, constituido por pessoas com deficiencias fisicas e mentais, que fartos de serem tratados como anormais e também por razões financeiras raptam a filha de um industrial de bolochas espanhol e levam-na numa nave (?) para o planeta Navarra onde pedem um resgate pela garota.
Ok isto é daqueles filmes que ou se gosta ou não, não há critica possivel a fazer, o filme é estupido, as personagens são todas débeis e o argumento faz nos questionar que tipo de drogas estavam a dar no estudio, durante aqueles dias de filmagens. Mas o melhor do filme, são alguns dos diálogos.
Não é o melhor filme de Alex, "Dia de La Bestia" e "La Comunidad", estão uns furos acima, mas mesmo assim bem melhor do que o que Hollywood andava a fazer nos anos 90.
Leva: 10 valores
Dead Girl (2006/USA)
Se gostas de ver filmes americanos não comercias, mais lentos que os do Manuel de Oliveira e que no final te fazem pensar que afinal os filmes que o ICAM anda a patrocionar, não são tão maus como pensavas, este é para ti.
4 histórias, a da esposa, da mãe, da irmã e a da "girl" contadas como 4 curtas metragens, todas à volta da morte/desaparecimento de uma rapariga da familia.
Poupem os 5 euros do bilhete e mandem para Africa. Isto é merda!
Leva: 2 valores
Talladega Nights (2006/USA)
Mais uma comédia escrita por Will Farrell, onde alguns diálogos e piadas bem esgalhadas e a presença da espectacular Leslie Bibb não conseguem salvar o filme.
Ricky Bobb é um idiota piloto de Nascar que nos ultimos anos tem dominado a competição ao lado do seu amigo e não menos idiota Carl Naughton (interpretado por John C. Reiley, no papel mais triste da sua carreira). Até que da Europa chega o campeão de F1, Jean Girard, paneleiro francês interpretado pelo Borat. O mundo de Ricky Bobb desaba em apenas uma corrida e depois temos de assistir á sua recuperação das cinzas tal qual Rocky Balboa.
Leva: 6 valores

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Turistas (2006/USA)

É a nova vaga do cinema de terror, paises esquesitos (para os americanos pelo menos) onde acontecem coisas que os habiatantes de Wisconsin, julgam nem se quer existir. Muito contestado no Brasil, existiu mesmo uma petição para que o filme fosse banido, porque dá mau nome ao país...

Sinopse: Um grupo de estrageiros, 3 americanos, 1 australiana e 2 ingleses (quase iguais aqueles que percorrem os bares da Oura nos meses de Verão com uma camisola do manchester ou do everton toda suada) vão muito bem numa viagem de autocarro entre o Rio e S. Salvador da Bahia, por uma estrada que faz lembrar o antigo IP5 quando o autocarro numa ultrapassagem cai da ribanceira. Ok, toda a gente sai antes do autocarro, portanto nada de feridos nem de mortos. Este grupo fica todo fodido porque o próximo autocarro só chega dali a 10 horas (não estão mesmo habituados a andar na CARRIS ou nos STCP), mas logo descobrem que estão num paraiso de areia branca e toca lá beber até morrer e tentar pinar com umas brazucas.
Só que nem tudo é o que parece...que surpresa...estes 6 turistas juntamente com mais dois suecos que também já lá andavam são drogados e roubados. Apartir daqui à meia hora de caminhadas inuteis na floresta até casa de um sujeito que se diverte a retirar os orgãos aos estrangeiros desprevenidos que por ali passam...correria, gritaria, esterismo e bla bla bla...

Critica: Depois do sucesso de “Hostel” começam as imitações. Este é do mesmo estilo, com a diferença que em vez de ser passar em Bratislava, se passa algures no Brasil profundo. A premissa é interessante e com um pouco mais de construção e melhores actores este filme poderia ter ido bem mais longe. Se por um lado os dois ingleses estão caracterizações perfeitissimas, mesmo castiço, os americanos e a australiana parecem mosquinhas mortas no filme.
Deixo só aqui um parágrafo para saudar a participação no filme de uma actriz portuguesa, no papel da turista sueca (?), que embora seja despachada em três tempos e só apareca em 5 minutos do filme é sempre importante. Falo como já devem ter calculado da actriz Olga Diegues, que participou em grandes séries da Tv portuguesa como a primeira época dos Morangos, “Dei-te quase tudo” ou ainda “Maré Alta”.
Polémico, porque retrata o Brasil como um país de vigaristas e assassinos, caracterização não muito longe da verdade, podia ter ido mais além em duas vertentes, na violencia (cena especialmente memorável é a suturação da cabeça de Kiko com um agrafador) e na explicação de porque raio estes gajos retiram os orgãos aos estrangeiros, a razão apresentada no filme é que os americanos vêm para o Brasil tirar orgãos às crianças brasileiras para as levar para os States e que eles se estão agora a vingar, ora isto é no minimo ridiculo, até porque se tenta mostrar na primeira hora de filme que os brazucas são uns assassinos, mas com esta explicação percebemos que afinal é tudo por uma boa causa...

Acima de 10: Olga Diegues mesmo que só apareça 5 minutos e diga duas frases, a paisagem do Brasil, algum gore, algo que se parece ter perdido há muito no cinema americano.

Abaixo de 10: Tem meia hora onde não se passa nada de nada e não existe sequer um twist final. Se virem o trailer percebem logo tudo o que se passa no filme.

Leva: 8 valores, tinha material para ser muito melhor